Descrição
À meia-luz ensanguentada dum final de tarde, Johannes, armado duma Walther PPK e desejoso de vingança, assusta-se ao vulto humanoide que lentamente caminha em meio aos pinheiros seculares de sua propriedade e, sem pensar um segundo, dispara!… contra Seu melhor amigo, Júlio, era filho de Dona Heleodora, viúva Solitária, mais de oito anos depois da morte do filho, tudo que lhe resta é aceitar que o criminoso que ceifara o que lhe sobrara de vida nunca será Pego e torturado pela própria consciência, porém, Johannes volta a Pisemata, cidade em que o assassinato ocorrera, na intenção de a ela, Heleodora, confessar-se culpado pelo fratricídio, pela morte daquele que só não partilhava consigo o sangue e o Tempo de apaixonar-se novamente?: um contratempo…
Adilson Guimarães Jardim –
Tive acesso à produção de Rezibaô (como diapasão ressoando o “Zebaoth”, Senhor dos Exércitos, sina e punição de um crime), e deparei-me com um estrondo literário que produziu os melhores efeitos em mim. Uma estréia brilhante de um autor que não teme os desafios da (por falta de nome melhor) escrita experimental, sem cair nos exercícios de estilo superficiais de muitos! O jovem William Farias acumula em uma história dramática e um enredo criativo e atraente palavras e associações linguísticas e metafóricas espetaculares, como jogo de dissonâncias cognitivas que alegoriza o horror aí ensaiado! Escritor extremamente promissor e mestre no idioma, os leitores da Ópera encontram-se aí com uma obra ímpar a que precisam conhecer!