Descrição
“Peças que fogem à unidade do gênero (de que outro modo denominá-las?), Os Ossos da Língua são “fractais literários” (expressão do Autor) repostos em seu conjunto como partes de uma gramática cuja estrutura reproduz temas e destinos semelhantes, apresentados desde as micro-tessituras de vozes e signos culturais dissonantes, até sua fixação inconsútil em paisagens craqueladas. São histórias de personagens migrantes que revelam toda a incompletude de dois espaços antes autossuficientes, constituindo um “sertão paulistano”, na expressão de Sébastien Joachim. Projeto literário de cerca de dez anos, Os Ossos da Língua é resultado de um intenso exercício de experimentalismos do Autor.”
Julie –
Falar desse autor e professor falta-me palavras. A escrita dele traz insipjracao e criatividade. Que ele possa continuar inspirando não somente seus alunos mas todos as pessoas que se identificam com a sua linguagem.
Jason Lima (comprador verificado) –
Livro sem igual. É daquelas obras que terão muitos apreciadores. É de um vanguardismo sensato, promovedor de uma experiência lúcida e estética sem cair no experimentalismo gratuito. Uma ode à literatura e ao Brasil. Sou muito orgulhoso de ter comprado essa obra e de tê-la na minha biblioteca. O autor, Adilson Guimarães Jardim, mostra como se faz a grande (e acessível) literatura.
Islla Beatriz –
Livro fantástico! O livro cativa desde a primeira página com sua prosa poética e envolvente.
João Paulo Araújo da Silva –
Ossos da língua é uma obra que nos convida a sair do clichê, navegando por uma leitura repleta de significados, apresentando um cuidado artesanal com a técnica e o estilo de escrita. É sem dúvidas um encontro de textos riquíssimos para todos que buscam uma boa leitura.
VALDENIDES CABRAL DE ARAUJO DIAS (comprador verificado) –
Quando leio a configuração do sumário do livro, Os ossos da língua (2024), de Adilson Jardim, começo a me programar para uma leitura linear, obedecendo a padrões gramaticais, afeita à normatividade. Não. Não se trata de uma gramatica como a conhecemos, mas de uma gramatica dos sentidos e do sentir. Ao arquitetar sentidos, o narrador que se apresenta em cada fragmento de texto adentra discursos outros – Deus, João Cabral, Lins do Rego, Rosa, Drummond – e tantos outros para estruturar o esqueleto de uma língua que lhe é própria e apropriada.
Estamos diante de uma obra babélica, na qual o leitor precisa entrelaçar aos ossos, a musculatura que a edificará ou a desconstruirá, conforme essa ossatura o toque. Uma torre e seus mil artifícios de construção; um narrador e suas múltiplas possibilidades narrativas, da linguagem teatral ao ato da versificação. Esse alcance de vozes e gêneros me leva a pensar com Derrida que
a torre de Babel não configura apenas a multiplicidade irredutível das línguas, ela exibe um não-acabamento, a impossibilidade de completar, de totalizar, de saturar, de acabar qualquer coisa que seria da ordem da edificação, da construção arquitetural, do sistema e da arquitetônica. (Derrida, 2006, p. 12)
Para além de uma garganta dilatada, há o silêncio e seus sentidos a se reconstruírem nas incompletudes; também há uma paisagem rarefeita e um Deus/poeta questionador. O mais se move no deserto da linguagem.