Descrição
Escrever boa poesia é sempre um desafio, e escrever refletindo sobre a situação dos negros e indígenas em um país continental como o Brasil, é dar voz a tantas vozes de cor caladas pela violência, pela insensibilidade, pela falta de políticas públicas de qualidade. E a Voz do povo é, antes de tudo, sua maneira de (re)existir, de lutar, de sobreviver em um país que não facilita sua existência.
Em O silêncio é a morte, os leitores são convidados a questionar a realidade em que vivemos. As poesias imagéticas facilitam a visualização das mensagens contidas nelas; o ritmo e a cadência permitem submergir em cada poema que busca valorizar a voz e a vida de tantas pessoas subjugadas pelo sistema, pelos seus semelhantes ou pela sua dura realidade.
Os temas embora fortes e determinados a levar o leitor a aflorar sua sensibilidade e a fazê-lo refletir, também busca encantar pela harmonização da métrica que, embora não tão rigorosa, permite que a musicalidade dos poemas flua para dentro dos corações e das mentes dos leitores.
Aqui, neste livro, a luta é mais que um convite, é, antes de tudo, uma convocação; e a voz ou o uso dela é uma arma para a batalha que acontece nas ruas, nas faculdades, nos bares, ou em qualquer lugar que haja algum tipo de preconceito de cor. Como diz a filósofa Angela Davis “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”.
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