Descrição
Em não é fácil cair na frente de alguém, quem conta a história é Alice, uma mulher negra e autista. Alice narra a experiência negra e neuro(a)típica através da perspectiva do trauma, do preconceito, do racismo, da violência de gênero, do questionamento do que é ser mulher em um mundo sexista e desigual.
A partir de um diálogo crítico com a psicanálise, as “associações livres” de Alice marcam no corpo do texto as marcas de um corpo cotidianamente violentado por um sistema que simbolicamente produz mulheres e os sentidos
acerca delas. Com o escopo de todas as instituições, a violência se repete, inclusive, no espaço analítico. Alice, ao repisar as violências vividas, interpela o sistema e suas instituições, como quem se recusa a colocar sua existência a serviço de um mundo no qual ela não cabe e, talvez, nem queira caber.
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