Descrição
Os poemas do Vagner Xavier desnudam as situações crônicas da vida, inclusive, as sórdidas e ordinárias, num processo imagético aos olhos até a imaginação do leitor. O segundo poema deste livro, ”About”, que o diga para além das necessidades artísticas de se cravar na parede, através da escrita, o desassossego dos sentimentos. As crônicas poéticas que compõem, “essas belas nuvens brancas no céu só agridem os olhos”, exploram ainda a incompreensão sobre aquilo que gera o inconformismo (evidente no texto, “Trinta&Poucos”) e, lapidado pela percepção do poeta, produz um novo poema. Eu conheci o Vagner Xavier nos saraus da grande Florianópolis. Um poeta nômade a andar pelas ruas, um Jack Kerouac do sul do Brasil… E essa é a confinidade entre ambos: tanto o Jack Kerouac quanto o Vagner Xavier, não são escritores criados em jardins de mansões, apartamentos chiques, nem em qualquer casa grande, de alguma fazenda do interior. Assim como o Neal Cassady, eles são um produto da rua, filhos de um mundo boêmio e alucinado, que os embriagou com inspiração e com poesia.
Julio Cesar Gentil
Marianne Silva Freire –
Um livro humano não monolîtico, poemas imagéticos de caráter onde um pêndulo atravessa as palavras: A natureza e a estrutura da consciência se abrem para o devir, cumprindo seu papel de uma catedral de àvidas palavras. Em”Essas belas nuvens brancas no céu só agridem os olhos” é uma obra ficcional onde de aquário a 3×4 não há sinal de misantropia e se coloca no espaço de valor literário, não há burocracia de meios, a estilística é simples, o meio é estruturado, o livro é de um ângulo de corte sutil de sentido,” o livro não tem estagnação, mas irradiação. É preciso fabular. É preciso imaginar. O restante, se constrói pelos poemas de compreensão e inspiração. Quase tautológico, cada poema é uma constelação.
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