Descrição
Christine começou uma família em uma pequena vila austríaca e perdeu-se no processo. Parvati cresceu em uma família no sul da Índia, que preferiria deixar para trás o mais distante possível. Clara, neta de Christine e roomie de Parvati, busca sua estabilidade em qualquer lugar no mundo menos na Áustria, enquanto sua amiga de infância Nora quer criar raízes que nunca teve. Quando Clara volta a Viena depois de anos no exterior para o velório de Nora, ela percebe que nem toda busca termina da maneira que se desejaria. O livro “O que desejaram” acompanha as quatro mulheres em diferentes continentes e gerações que tentam achar um caminho com pressões externas e contradições internas e encontrar maneiras de se libertar delas. E se pergunta se isso seja possível.
Marianne Silva Freire –
Sem Estratégia de pirâmide literária e com cortes viralizados, Sarah Habersack escreve potencializando com seu interior, pautado para falar com o leitor, com fins de uma argumentação centralizada na contemporaneidade da literatura. A economia da atenção do livro e seu desenvolvimento com perspectiva analítica e crítica, com um círculo simbiótico de tipologias viscerais e visíveis, a experiência é de uma expetativa de substância e percepção, com boas reverberações de equilíbrio e
de conversa, Sarah Habersack nos presenteia com um livro com quatro mulheres encontrando um caminho em diferentes continentes geográficos, e o livro com a frase “nem toda busca termina da maneira que se desejaria.”
É um marco libertador terapêutico, onde a literatura cumpre a função do espírito do anseio da pergunta e da dúvida. O
Amadurecimento, a continuidade, o aprofundamento, os planos traçados “não cabem em certeza nenhuma”. Sarah tira da margem social um livro brilhante e potente, capaz de reunir ideias e projeções: a materialidade da escuta ontológica das personagens se
reúnem com um material insurgente de imaginário social onde o leitor tem o domínio do enredo para ser encantador,
plural, poético com seus ciclos simbióticos e quebra de monotonia.
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