Descrição
Cinco fatias porque cinco contos. Não de réis, mas de real. No singular, claro: porque nosso assunto não são cifrões, mas o mundo. E dentro dele, a dor. Dor provocada pela urbe, abominação destruidora. No entanto, atenção, isto aqui não é nada não, é somente ficção.
Nada mais que uma tapioca narrativa de cinco contos que tomam portanto o real como matéria-prima central.
Na primeira pessoa do singular, a primeira e a última fatias, experimentais, invocam o diário: personagens contando percepções do mundo a um pedaço de papel, à tela de um notebook. Papel e tela que se vão pouco a pouco confundindo com espelhos. Da alma como do terror. Terror (perante) uma atualidade regida pelo falso. Falso inerente ao Capital. Na terceira pessoa, as três fatias do meio, por sua vez, atravessam a lubrificada goela da narrativa romanesca: são inspiradas num romance de Diogo Santiago a ser publicado ainda em 2024.
Agora é deixar que as fatias falem.
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